sexta-feira, 24 de julho de 2015

Caio Fernando Abreu

Com certeza vocês já viram ou até mesmo compartilharam alguma frase do Caio no face ( ou frases que não são dele mas que ganham o peso do nome ). Muita gente também nem sabe quem foi , mas nos tempos de Google não tem desculpa né .
Meu caso com o Caio aconteceu graças a uma amiga , eu trabalhava na livraria e logo que ela começou lá também já veio me perguntando se eu conhecia e que eu tinha que ler . Quando comecei na livra eu estava no primeiro ano de faculdade e com muitas coisas na cabeça para ler acabei deixando passar ... não por muito tempo.







Eu logo que pude comecei com Morangos Mofados ( leitura obrigatória ) e fiquei encantado com os textos , as frases são muito mais profundas do que pode se ver sendo compartilhadas por ai , os textos permite que se viaje pelos sentimentos de seus personagens que deixam de ser fictícios e diversas vezes saem das páginas . Difícil mesmo é dizer qual o melhor deles.

Comprei mais um livro e os outros acabei lendo em PDF , mas vou comprar a coleção toda , gosto de anotar  minhas partes preferidas e digo que nos livros de Caio essa missão é um pouco complicada ...

Quando eu achava que não podia mais me surpreender vem a minha amiga e me presenteia com Caio Fernando Abreu inventário de um escritor irremediável  ( Jeanne Callegari).

O livro conta a vida de Caio , com uma riqueza de detalhes que  tem o dom de fazer parecer que somos amigo intimo dele , é como se participássemos das rodas de leitura junto com Clarisse Lispector , bebesse junto com Cazuza ... conversasse com Hilda Hist. 
Ao mesmo tempo que se tem a sensação de dizer - poxa isso foi ontem ... porque ele não esta mais aqui ? 

Então essa é minha dica : para quem gosta das frases , leia um conto todo e para quem gosta dos contos leia o livro da Jeanne.

Nesse site tem um monte de coisas bacanas : Caio





Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.


Os Dragões não conhecem o paraíso.